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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Artigo - O TRABALHO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

O TRABALHO DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA NA E. E. IRMÃ DIVA PIMENTEL

Geovani Bezerra Santos ( Bolsista PIBID Matemática/ CUA), 
 Luana Vieira Ramalho ( Bolsista PIBID Matemática/ CUA) ,
Admur Severino Pamplona (Coordenador PIBID/Matemática/CUA). admur@ufmt.br

Resumo:    Reconhecemos que o trabalho cotidiano do professor não se inicia em sala de aula. Ele precisa, pelo menos, estabelecer as prioridades curriculares,  selecionar,  explorar e formular atividades, diagnosticar as capacidades e interesses dos alunos. Em sala de aula, o professor mobiliza diversos saberes: curriculares, disciplinares, experienciais, das ciências educacionais e pedagógicas, dentre outros.  Depois, o professor analisa  o caminho já percorrido, para então definir novas prioridades e modos de trabalho com os alunos. Além desses, outros fazeres compõem a sua rotina. Reconhecemos, portanto, a complexidade do fazer docente. Entretanto, nessa nossa primeira pesquisa exploratória na escola onde temos atuado como bolsistas do PIBID, demos atenção aos modos e condições de trabalho dos professores. São os resultados desta pesquisa que serão aqui apresentados.
Palavras Chave:  Trabalho docente, Educação Matemática.


Introdução

Se reconhece que o professor tem um papel decisivo no processo de ensino-aprendizagem de qualquer que seja a disciplina. Cabe ao professor propor aos alunos uma diversidade de tarefas de modo a atingir os diversos objetivos curriculares, mas ele deve preocupar-se também com a melhor maneira de se ensinar-aprender os conteúdos, além de  cuidar do desenvolvimento da capacidade geral de aprender não só conceitos, mas também valores e atitudes.  Ponte (1998) assinala ainda que a importância de o professor desenvolver a capacidade de tomar decisões acertadas e de resolver problemas práticos, a capacidade de o fazer em interação com outros atores — principalmente os alunos, mas também os colegas e outros elementos da comunidade. Ponte  (1998) afirma ainda que o professor tem de ser capaz de apreender as situações, articulando pensamento e ação e gerindo dinamicamente relações sociais; tem de ter autoconfiança e capacidade de improvisação perante situações novas. Esses são alguns dos saberes que esperamos desenvolver na atuação no PIBID.

A pesquisa no contexto do PIBID

    O PIBID foi criado a partir do reconhecimento de que o desenvolvimento de um país está atrelado a uma educação de qualidade e que ela está intimamente relacionada a uma boa formação do profissional docente. A principal proposta do programa é o incentivo à carreira do magistério na educação básica nas áreas com maior deficiência, dentre elas a Matemática.
    Em especial, o Subprojeto PIBID Matemática / CUA / UFMT visa preparar melhor o futuro professor de matemática para assumir uma prática educacional pensada política e profissionalmente como acolhimento aos anseios e necessidades da própria comunidade escolar na qual a equipe atuará. Mas, segundo a nossa concepção, uma ação que se pretende transformadora deve-se pautar por um amplo conhecimento e profundo vínculo com a comunidade escolar.
    Várias ações foram pensadas nesse sentido e, dentre elas, o conhecimento da realidade dos professores de Matemática que atuam na Escola Estadual Irmã Diva Pimentel. Para tanto, inicialmente, elaboramos um questionário investigativo e, em seguida, entrevistamos alguns dos professores.

Os resultados obtidos


    Ao analisarmos as suas respostas, percebemos que tais profissionais possuem formação adequada para a sua atuação, isto é, eles são, pelo menos, licenciados em matemática. Todos têm uma jornada de trabalho de 30 horas em sala de aula e de 10 de hora atividade semanais, sendo que 4 dessas horas devem ser dedicadas à preparação das aulas. Os professores da Escola preparam suas aulas sozinhos, consultando diferentes livros didáticos e internet; para efetuar suas escolhas acerca de métodos e materiais pedagógicos, levam em conta sua experiência pessoal/profissional.
    Verificou-se ainda que eles atribuem a dificuldade em ministrar as aulas à falta de material didático, ao desinteresse e à indisciplina dos alunos e, em menor grau, a falhas na sua própria formação. Como estratégia de ensino para alunos com dificuldades no aprendizado, os professores fazem revisão dentro da hora atividade, e dedicam 1 hora na semana para atendimento individualizado destes alunos. Alguns fazem gincanas com premiações. Em relação à contextualização da disciplina, os docentes afirmam que têm muito a melhorar. Além disso, afirmam fazer pouco uso dos jogos, software e vídeos que são disponibilizados pela escola. Os professores manifestaram interesse de modificar esta prática, acreditando que aulas menos “tradicionais” possam trazer maior incentivo ao aluno. Deste modo, a pesquisa realizada nos indicou as condições e alguns caminhos que poderão ser utilizados tanto para favorecer a renovação das práticas dos professores em exercício, quanto à vivência prática dos licenciandos.

Referência

[1] PONTE, J. P., Oliveira, H., BRUNHEIRA, L., VARANDAS, J. M., & FERREIRA, C. (1998). O trabalho do professor numa aula de investigação matemática. Quadrante, 7(2), 41-70