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sábado, 8 de fevereiro de 2014



Equação e Função Quadrática Por Meio de Jogos

Alex S. Damaceno1, Admur Severino Pamplona2

(1) Bolsista  PIBID  Matemática; 
Campus Universitário do Araguaia; 
Universidade Federal de Mato Grosso;
 (2) Coordenador  do PIBID Matemática:; ; 
Campus Universitário do Araguaia; 
Universidade Federal de Mato Grosso.

1     Introdução

Em nossa contemporaneidade, temos nos deparado com um desafio por parte dos professores de se implantar um ensino mais contextualizado e, em aclamações mais recentes, até mesmo mais chamativas e lúdicas, se possível. Neste contexto, foi realizado um mini-curso com o intuito de explorar o ensino das equações e funções quadráticas utilizando-se de jogos de cartas como atividade de aprendizagem, no sentido de exercitar o conteúdo e/ou conceito trabalhado. Visando também capacitar os alunos à resolução de equações e funções quadráticas sem o auxílio de fórmulas ou até mesmo sem necessidade de recorrer a muito cálculo.
Isso foi feito no decorrer da apresentação de quatro atividades onde se explorou deter-minadas maneiras de representar uma equação quadrática, com a finalidade de se chegar a uma situação em que, por uma simples reflexão lógica, consegue-se concluir a solução da equação.
Segundo Noé (s/a)  a aplicação dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de socializar os alunos, busca a cooperação mútua, participação da equipe na busca incessante de elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso aconteça, o educador precisa de um planejamento organizado e um jogo que incite o aluno a buscar o resultado, ele precisa ser interessante, desafiador.
Foi com essa linha de raciocino que visualizamos a importância da utilização dos jogos matemáticos na sala de aula, alem de estimular a capacidade do aluno, faz com que o mesmo, desenvolva meios de compreender alguns problemas de uma forma mais simples e clara.

2     Material e Métodos 

Trabalhar com jogos envolvendo matemática faz com que se tenha uma expectativa de resultados mais evidentes e perceptíveis, pois este método estimula a capacidade de raciocínio e faz com que se tenha um desempenho maior na realização das atividades, até mesmo pelo fato que este meio de ensinar a matemática se torna mais interessante e menos monótono. Foi com base em tudo isso, que vimos que seria preciso realizar um projeto que envolvesse questões matemáticas que seriam possíveis ensinar de uma forma mais simples por meio dos jogos. Assim realizamos um mini-curso, que tinha como base o Projeto Matemática na baixada da UERJ.
Com isso, demos inicio a construção dos métodos que seriam implantados, quanto à utilização da matemática por meios de jogos.  Foi criada uma apostila, que tinha como meta Equações e Funções Quadráticas por meio de jogos matemáticos, na qual se consistia aplicar os jogos de uma maneira possível de se perceber quanto à facilidade de se desenvolver a prática do raciocino lógico/dedutivo. Para a realização da apostila, nos baseamos no material que nos havia sido proposto, já mencionado acima. Em prol disso, percebemos os meios que deveríamos aplicar, de forma sucinta, esclarecedora e pratica, de modo que não deixasse nenhuma duvida com relação à utilização desses jogos para apresentar conceitos matemáticos.
A apostila construída está relacionada em torno de quatro jogos matemáticos envolvendo função quadrática e equações. Nosso objetivo geral era explorar o conceito de equação e função quadrática utilizando-se de jogos como atividade exploratória, tendo especificidade em expressar as equações quadráticas de uma maneira mais simplificada, onde se possa determinar sua solução sem recorrer a fórmulas nem a muitos cálculos.
Em relação à construção dos jogos, foram confeccionadas todas as peças para os quatro jogos envolvendo questões matemáticas, em sua maioria produzida com matérias reutilizáveis, dentre os jogos fabricados estão: pares fora, quadrados perfeitos, bingo das equações e o dominó, na qual na apostila elaborada, continha todos os objetivos e conceitos que se queria trabalhar em cada jogo, com suas respectivas regras de como deveria ser efetuada as jogadas. O mini-curso foi aplicado para os alunos do IFMT, com o intuído de analisar se seria eficaz quanto à utilização dos jogos para o ensino de problemas matemáticos.
Segundo Borin (1996/9), apud  GROENWALD e TIMM (2000) '' Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. ''

3     Resultado e discussão

Para a aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um determinado nível de desenvolvimento. As situações de jogo são consideradas parte das atividades pedagógicas, justamente por serem elementos estimuladores do desenvolvimento. É esse raciocínio de que os sujeitos aprendem através dos jogos que nos leva a utilizá-los em sala de aula.
Muitos ouvimos falar e falamos em vincular teoria à prática, mas quase não o fazemos. Utilizar jogos como recurso didático é uma chance que temos de fazê-lo. Eles podem ser usados na classe como um prolongamento da prática habitual da aula. São recursos interessantes e eficientes, que auxiliam os alunos.
Moura (1991) apud  GROENWALD e TIMM (2000), afirma que ''o jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas''.
Com isso vimos que foi necessária a aplicação do mini-curso para explorar conceitos matemáticos, que de certa forma se tornou algo lúdico e interessante. Vimos que durante a realização do mini-curso, os alunos mostraram certa dificuldade apenas no começo com relação às diversas maneiras de se reescrever equações matemáticas, após a introdução dos conceitos que se queria trabalhar, percebemos que foi ampliada a capacidade de se desenvolver algumas questões matemáticas mais complexas de uma forma mais simples, até mesmo realizado através de calculo mental, o que era o objetivo principal do trabalho proposto. As metodologias propostas atenderam as expectativas onde se queria chegar, no qual foi possível perceber que obtemos um resultado satisfatório, pois, foi notável o interesse dos alunos durante a apresentação dos jogos e para a resolução dos mesmos.
Ademais Moura (1992, p. 47) afirma que: O jogo para ensinar matemática deve cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo, propiciar a aquisição de habilidades, permitir o desenvolvimento operatório do sujeito e, mais, estar perfeitamente localizado no processo que leva a criança do conhecimento primeiro ao conhecimento elaborado.
À medida que surgem dificuldades no ensino ou na aprendizagem de conteúdos matemáticos, manifesta-se também a necessidade de propostas pedagógicas e recursos didáticos que auxiliem tanto os professores em sua prática docente quanto os alunos na construção de conhecimentos matemáticos.
Diante disso, Agranionih e Smaniotto (2002, p. 16) definem o jogo matemático como:

[...] uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com objetivos claros, sujeita a regras construídas coletivamente, que oportuniza a interação com os
conhecimentos e os conceitos matemáticos, social e culturalmente produzidos, o estabelecimento de relações lógicas e numéricas e a habilidade de construir estratégias para a resolução de problemas.

Em prol a esses métodos percebemos que a utilização dos jogos nas salas de aula estão se tornando cada vez mais eficaz. Assim desenvolvendo uma capacidade maior de concentração e aprendizagem por parte dos alunos.

4     Conclusões

Com o intuito de apresentarmos uma matemática, além de lúdica (por meio dos jogos), mais lógica e reflexiva (quanto às estratégias de resolução), queríamos por meio de estas atividades estimular a resolução de equações recorrendo a cálculos metais, a partir de simples estratégias em reescrever equações num formato mais aprazível à reflexão mental da situação, e assim tornar mais prático, direto e simples resolver tais equações.
Assim ressaltamos a importância da utilização de jogos matemáticos em sala de aula como método para tornar eficiente o meio de ensino/aprendizagem.
Segundo Malba Tahan (1968) apud  GROENWALD e TIMM (2000), ''para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores''. Partindo do princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam.

5     Referencias

GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira e TIMM, Ursula Tatiana (2000) Utilizando curiosidade e jogos matemáticos em sala de aula: disponível http://www.somatematica.com.br/artigos/a1/, acesso em 01 set. 2013.
NOÉ Marcos(/as), A importância dos Jogos no Ensino da Matemática disponível em  http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-importancia-dos-jogos-no-ensino-matematica.htm, acesso em 31 ago. 2013.
Kelly R, Selva e Dra. Mariza Camargo: O jogo matemático como recuso para a construção do conhecimento, disponível em http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cd_egem/fscommand/CC/CC_4.pdf acesso em 01 ago. 2013

Agradecimentos

  Agradeço primeiramente a CAPES a qual tem contribuido para minha formação como educador matemático, ao cordenador de área do PBID/Matemática Prof. Dr. Admur Severino Pamplona, aos nossos colegas bolsistas, e ao Instituto Ferderal de Mato Grosso (IFMT), na qual possibilitou a realização do Mini-curso. 

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