Equação e Função Quadrática Por Meio de Jogos
Alex S. Damaceno1, Admur Severino Pamplona2
(1) Bolsista PIBID
Matemática;
Campus
Universitário do Araguaia;
Universidade Federal de Mato Grosso;
(2) Coordenador do PIBID Matemática:; ;
Campus Universitário do Araguaia;
Universidade Federal de
Mato Grosso.
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Introdução
Em nossa
contemporaneidade, temos nos deparado com um desafio por parte dos professores
de se implantar um ensino mais contextualizado e, em aclamações mais recentes,
até mesmo mais chamativas e lúdicas, se possível. Neste contexto, foi realizado
um mini-curso com o intuito de explorar o ensino das equações e funções
quadráticas utilizando-se de jogos de cartas como atividade de aprendizagem, no
sentido de exercitar o conteúdo e/ou conceito trabalhado. Visando também
capacitar os alunos à resolução de equações e funções quadráticas sem o auxílio
de fórmulas ou até mesmo sem necessidade de recorrer a muito cálculo.
Isso foi feito no
decorrer da apresentação de quatro atividades onde se explorou deter-minadas
maneiras de representar uma equação quadrática, com a finalidade de se chegar a
uma situação em que, por uma simples reflexão lógica, consegue-se concluir a
solução da equação.
Segundo Noé (s/a) a aplicação dos jogos em sala de aula surge
como uma oportunidade de socializar os alunos, busca a cooperação mútua,
participação da equipe na busca incessante de elucidar o problema proposto pelo
professor. Mas para que isso aconteça, o educador precisa de um planejamento
organizado e um jogo que incite o aluno a buscar o resultado, ele precisa ser
interessante, desafiador.
Foi com essa linha de
raciocino que visualizamos a importância da utilização dos jogos matemáticos na
sala de aula, alem de estimular a capacidade do aluno, faz com que o mesmo,
desenvolva meios de compreender alguns problemas de uma forma mais simples e
clara.
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Material e Métodos
Trabalhar com jogos
envolvendo matemática faz com que se tenha uma expectativa de resultados mais
evidentes e perceptíveis, pois este método estimula a capacidade de raciocínio
e faz com que se tenha um desempenho maior na realização das atividades, até mesmo
pelo fato que este meio de ensinar a matemática se torna mais interessante e
menos monótono. Foi com base em tudo isso, que vimos que seria preciso realizar
um projeto que envolvesse questões matemáticas que seriam possíveis ensinar de
uma forma mais simples por meio dos jogos. Assim realizamos um mini-curso, que
tinha como base o Projeto Matemática na baixada da UERJ.
Com isso, demos inicio
a construção dos métodos que seriam implantados, quanto à utilização da
matemática por meios de jogos. Foi
criada uma apostila, que tinha como meta Equações e Funções Quadráticas por
meio de jogos matemáticos, na qual se consistia aplicar os jogos de uma maneira
possível de se perceber quanto à facilidade de se desenvolver a prática do
raciocino lógico/dedutivo. Para a realização da apostila, nos baseamos no
material que nos havia sido proposto, já mencionado acima. Em prol disso,
percebemos os meios que deveríamos aplicar, de forma sucinta, esclarecedora e
pratica, de modo que não deixasse nenhuma duvida com relação à utilização
desses jogos para apresentar conceitos matemáticos.
A apostila construída
está relacionada em torno de quatro jogos matemáticos envolvendo função
quadrática e equações. Nosso objetivo geral era explorar o conceito de equação
e função quadrática utilizando-se de jogos como atividade exploratória, tendo
especificidade em expressar as equações quadráticas de uma maneira mais
simplificada, onde se possa determinar sua solução sem recorrer a fórmulas nem a
muitos cálculos.
Em relação à
construção dos jogos, foram confeccionadas todas as peças para os quatro jogos
envolvendo questões matemáticas, em sua maioria produzida com matérias
reutilizáveis, dentre os jogos fabricados estão: pares fora, quadrados
perfeitos, bingo das equações e o dominó, na qual na apostila elaborada,
continha todos os objetivos e conceitos que se queria trabalhar em cada jogo,
com suas respectivas regras de como deveria ser efetuada as jogadas. O
mini-curso foi aplicado para os alunos do IFMT, com o intuído de analisar se
seria eficaz quanto à utilização dos jogos para o ensino de problemas matemáticos.
Segundo Borin (1996/9),
apud GROENWALD e TIMM (2000)
'' Outro motivo para a
introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir
bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e
sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é
impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo
tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor
desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.
''
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Resultado
e discussão
Para a aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha
um determinado nível de desenvolvimento. As situações de jogo são consideradas
parte das atividades pedagógicas, justamente por serem elementos estimuladores
do desenvolvimento. É esse raciocínio de que os sujeitos aprendem através dos jogos que nos leva a utilizá-los em sala de aula.
Muitos ouvimos falar e falamos em vincular teoria à
prática, mas quase não o fazemos. Utilizar jogos como recurso didático é uma
chance que temos de fazê-lo. Eles podem ser usados na classe como um
prolongamento da prática habitual da aula. São recursos interessantes e
eficientes, que auxiliam os alunos.
Moura (1991) apud GROENWALD e TIMM (2000), afirma que ''o jogo aproxima-se da Matemática via
desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas''.
Com isso vimos que foi necessária a aplicação do
mini-curso para explorar conceitos matemáticos, que de certa forma se tornou
algo lúdico e interessante. Vimos que durante a realização do mini-curso, os alunos
mostraram certa dificuldade apenas no começo com relação às diversas maneiras
de se reescrever equações matemáticas, após a introdução dos conceitos que se
queria trabalhar, percebemos que foi ampliada a capacidade de se desenvolver
algumas questões matemáticas mais complexas de uma forma mais simples, até
mesmo realizado através de calculo mental, o que era o objetivo principal do
trabalho proposto. As metodologias propostas atenderam as expectativas onde se
queria chegar, no qual foi possível perceber que obtemos um resultado
satisfatório, pois, foi notável o interesse dos alunos durante a apresentação
dos jogos e para a resolução dos mesmos.
Ademais Moura (1992, p. 47) afirma que: O jogo para
ensinar matemática deve cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo,
propiciar a aquisição de habilidades, permitir o desenvolvimento operatório do
sujeito e, mais, estar perfeitamente localizado no processo que leva a criança
do conhecimento primeiro ao conhecimento elaborado.
À medida que surgem dificuldades no ensino ou na
aprendizagem de conteúdos matemáticos, manifesta-se também a necessidade de
propostas pedagógicas e recursos didáticos que auxiliem tanto os professores em
sua prática docente quanto os alunos na construção de conhecimentos
matemáticos.
Diante disso, Agranionih e Smaniotto (2002, p. 16)
definem o jogo matemático como:
[...] uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com
objetivos claros, sujeita a regras construídas coletivamente, que oportuniza a
interação com os
conhecimentos e os conceitos matemáticos, social e culturalmente
produzidos, o estabelecimento de relações lógicas e numéricas e a habilidade de
construir estratégias para a resolução de problemas.
Em prol a esses métodos percebemos que a utilização dos jogos nas salas
de aula estão se tornando cada vez mais eficaz. Assim desenvolvendo uma capacidade
maior de concentração e aprendizagem por parte dos alunos.
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Conclusões
Com o intuito de
apresentarmos uma matemática, além de lúdica (por meio dos jogos), mais lógica
e reflexiva (quanto às estratégias de resolução), queríamos por meio de estas atividades
estimular a resolução de equações recorrendo a cálculos metais, a partir de
simples estratégias em reescrever equações num formato mais aprazível à reflexão
mental da situação, e assim tornar mais prático, direto e simples resolver tais
equações.
Assim ressaltamos a
importância da utilização de jogos matemáticos em sala de aula como método para
tornar eficiente o meio de ensino/aprendizagem.
Segundo Malba Tahan (1968)
apud GROENWALD e TIMM (2000), ''para que os jogos produzam os efeitos desejados
é preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores''. Partindo do
princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que
nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as
crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões
interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso,
auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam.
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Referencias
GROENWALD,
Claudia Lisete Oliveira e TIMM, Ursula Tatiana (2000) Utilizando curiosidade e
jogos matemáticos em sala de aula: disponível http://www.somatematica.com.br/artigos/a1/, acesso em 01 set. 2013.
NOÉ Marcos(/as), A importância dos Jogos no Ensino da
Matemática disponível em http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-importancia-dos-jogos-no-ensino-matematica.htm, acesso em
31 ago. 2013.
Kelly
R, Selva e Dra. Mariza Camargo: O jogo matemático como recuso para a construção
do conhecimento, disponível em http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cd_egem/fscommand/CC/CC_4.pdf acesso em 01 ago. 2013
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a CAPES a
qual tem contribuido para minha formação como educador matemático, ao
cordenador de área do PBID/Matemática Prof. Dr. Admur Severino Pamplona, aos
nossos colegas bolsistas, e ao Instituto Ferderal de Mato Grosso (IFMT), na
qual possibilitou a realização do Mini-curso.
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